Somos a soma de nossas escolhas.
Mas o que faz alguém livremente escolher (ou ser escolhido!) trabalhar com Pessoas?
Porque é estratégico? Não menos do que o planejamento tributário de uma organização. Pelo desejo de realizar algo significativo? Hospedar-se para orar num templo zen budista não seria menos significativo. Porque sempre se teve “jeito para a coisa”? Por falta de opções?
Por tudo isso junto. O direcionamento profissional via de regra está diretamente ligado às escolhas que fazemos em nossas vidas.
Trilhar o caminho das escolhas que nos leva a trabalhar com pessoas é no mínimo demonstração de coragem e audácia. Optar ou aceitar lidar com a subjetividade humana, com os diferentes ritmos de desenvolvimento, lidar com a complexidade da mudança, ainda mais em um ambiente organizacional e com a diversidade infinita do ser humano, não é pra qualquer um. Só alguém especial faz uma escolha assim.
É certo que nem sempre esta é uma escolha consciente ou planejada. O caminho das escolhas pode ser bastante misterioso até. Mas, de alguma forma, escolhemos. Escolhemos aceitar desafios e nos mantermos firmes por acreditar em algo maior. E para Shakespeare, não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande, mas sim sua sensibilidade sem tamanho.
Sensibilidade para ler tanto letras garrafais quanto sutis entrelinhas. Perceber necessidades urgentes e carências veladas. Alinhar interesses, ações, promover sinergia. Intuir riscos e calar-se para dizer a palavra certa, no momento adequado, de forma assertiva. Confrontar a realidade e sonhar. Sinalizar contradições, pontuar desvios, posicionar-se contra. E a favor! Propor alternativas, pois sempre há alternativas, saídas, coisas não pensadas, emoções não experimentadas. Sempre há! Ver com outros olhos, pensar com outra cabeça, realizar com novas mãos.
Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, somos gratos àqueles que se importam, que se preocupam com a qualidade das relações interpessoais, que buscam tornar melhor o mundo por meio das pessoas. Pois cada pessoa é um mundo inteiro!
Obrigada por escolher ser profissional de RH.
por: Simone Klober. psicóloga, sócia e consultora da CCeG. Pós-graduada em Gestão de Pessoas e mestre em Gestão Estratégica das Organizações pela ESAG/UDESC. Tem formação em Dinâmica dos Grupos pela SBDG – Sociedade Brasileira em Dinâmica de Grupos, em Gestão de Processos de Negócio pela Aura Portal Espanha e também é professora em cursos de Pós Graduação na PUC/MG e Sustentare Escola de Negócios/SC.
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